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Quem sai aos seus

by Aníbal Zola

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1.
Chaconne 04:44
2.
Era uma casa mal fadada Às tantas da madrugada Fui ter à mesa redonda O vinho foi de mão em mão Aí soaram as guitarras E vozes à desgarrada Era o princípio do Verão Que muitos chamam de S. João Na casa desgovernada Entregamo-nos à dança Encostamos nossos corpos Eles já nem nos pertencem Tiramos toda a nossa roupa Provocamos nosso fado Era o princípio do Verão Que muitos chamam de S. João Era uma casa mal amada Já no fim da madrugada O vinho chegou ao fim Instalou-se a dor no peito Os aromas a cortiça Dormi com eles na cama E o primeiro dia de Verão Foi passado em estagnação Mas nesta casa mal fadada Às tantas da madrugada Tudo era movimento E experiência do momento O futuro a Deus pertence Só nos resta o presente Era o princípio do Verão Que muitos chamam de S. João Mas na casa mal fadada Vai ser preciso arrumar São cigarros na varanda E sardinhas pelo chão O passado é cá da gente Que se lixe o presente! Era o princípio do Verão Que muitos chamam de S. João
3.
Paz que fica 03:29
Hoje acordei com tudo baralhado Comi torradas e café desanimado Piso coisas sem cuidado Fica tudo por fazer Pisei a meia do sapato que não ata nem desata Desta teia qual aranha da fortuna Tu tem cuidado Por favor Fiz o almoço com os restos do passado que esqueci Eu engoli e empurrei tudo com vinho -Bridge- Tu não te engasgues por favor isso é que não Mastiga muito bem e continua o dia em -Refrão- Paz não faz mal Se é que vem por bem só traz é Paz não faz mal Sal a mais às vezes também Cai bem tens mais Dias divididos onde a Paz só faz é mal Que vem por bem só traz é Paz que fica Às vezes não te entendo bem Qual o segredo deste medo que eu enfrento Dia a dia que alegria quando sigo sempre em frente Tira as amarras Por favor Num atropelo eu até já perco o zelo no que digo É barato e já não há nada no prato -Bridge- -Refrãox2-
4.
Dona Isabel 03:57
Dona Isabel sai de casa de manhã Seja qual for o dia da semana Preocupada com o estado da maçã Se falta figo ou uva americana A ver se não tem de voltar a Campanhã Para viver o dia todo com mais calma Conhece bem toda a sua vizinhança Se bem casada de saúde e o adultério E os que lhe deixam por ali uma lembrança Um ponto a mais transformado em mistério E todos sentem um vento de esperança Para que a vida não seja assim tão séria -Refrão- Dona Isabel a fugir à vida airada Um rodopio para manter a casa aberta Até às 23h a porta não pode ser fechada Para que o retorno ainda seja coisa certa Dona Isabel nunca vai ter medo à estrada Esta rua sem ela não é nada Não há um dia em que ela perca um pouco a fé Sempre vivaça não lhe escapa um embuste Raios para a chuva para o sol e o vento até Desenrascada não há nada que a assuste Contou-me uma vez que já foi a Fátima a pé 40 kms dia a ela não lhe custa -Refrão-
5.
Quem sai aos seus Olha a Joana que é igual ao pai Quem sai aos seus Olha o Ricardo que é igual à mãe Mas nem se vê Carrega a vida na palma da mão Não se revê Regenerou o sal do seu destino -Bridge- Espeto de pau na casa do ferreiro É Carnaval de Março até Fevereiro E já parece ser o que não foi O que é Transformou Descobriu O que vai ser Quando crescer será o que tentou O que vestiu O que lhe dizem que tão bem ficou O que comeu Laranja é prata à tarde à noite mata Quem conheceu Com quem tu andas será quem tu és -Refrão- Espeto de pau na casa do ferreiro É Carnaval de Março até Fevereiro Chega ao Natal e será o que foi Igual à mãe E ao pai também Bom filho a casa regressa Quem sai aos seus Olha a Joana que não sai à mãe Quem sai aos seus Olha o Ricardo que não sai ao pai Saiu à tia Olhos castanhos não enganam ninguém Parece o primo Os cotovelos não se calam mais -Refrão-
6.
Escrever para ti sem saber quem és Vou ter de inventar o que tu vais querer ouvir Serão palavras? Dispersam O meu amor por ti E assim balanço o que eu vou sentir Será amor sem apelo ou agravo eu bem sei O escuro é frio e dá medo Eu estou aqui contigo -Refrão- Aqueço esse medo que eu sinto também Aprendo o que devo fazer ao minuto Dou o que tenho e o que nunca vou ter Para fazer-te feliz E agora que tu já estarás a dormir Qual a razão de eu seguir a cantar para ti? Talvez aqueça a penumbra E te dê um sonho feliz
7.
Zolov Horo 04:28
Sei lá onde isto vai Vai parar Se não para melhor Continua Vira à esquerda e espreita Segue em frente Porta sim e porta não Me convence Percorro a estrada que não conheço Para ver se esqueço Os mesmos caminhos cheios de pegadas dadas Enterradas no chão tipo fossilizadas Com histórias contadas por quem Sabe onde isto vai Vai parar Continua Vou em frente para ver Onde chego Qual a pedra que encontro No caminho À direita vejo Algo novo Mas não me comove Já conheço Perdido diluído no freio nem o caminho sei O GPS parece que já não dá Dou um espaço ao acaso encontro-me na mata Ave rara que dança e não se cansa Tira os animais da letargia apática pratica a tua tática Semente da mente presente que sente Pessoas tão boas tão quentes Sacudindo o bocejo que nem um caranguejo Ando sempre de ladeira na beira Da estrada encoberta que nunca foi aberta Eu arrepio caminho tipo um menino de escola De viola na sacola canto versos Sempre à espera do som da melodia que sai Nunca cai do céu e só metade interessa -Mindo- Podes sim senhor Rimas com amor Sem pudor e calor Tiraste-me os coelhos da cartola oh Zola Carrega no flow Porque eu também não sei quem sou, onde estou E para onde vou nem onde chego Não perco o sossego sem grande apego ao emprego Profissionalizo num improviso no beat da Street A gente insiste e persiste ganha apetite Aceito o teu convite Punch lines a pass-vitte com tutte la vitesse e sem stress E com todo o carinho que a amizade assiste Bitaites em riste se me permites com muita decência Esmagamos a concorrência Aníbal MC Não há pai para ti Não há pai para mim MC Mindo Zé Misturamos brazucada com fado tipo Cais do Sodré Zola no rap não é nenhum Wack! Isto não é trap! É um dueto de rappers com cara de queque Meu bro, meu grande bro Manda vir o teu flow Que para onde tu fores é para lá que eu vou
8.
A purga 03:31
Ela vai pelo monte Grisalha noite envelhecida Pelo grande esquecimento do tempo Não empresta sua língua suja de inveja Ostenta as suas palavras frias ao vento Provoca os deuses nas suas éticas lentas Cai o pano escorrega Aninha-se dentro de si À procura de alguma flor que se cheire Fuma a morte das musas Por entre os canteiros Cheios de mistérios traiçoeiros Oferecidos pelos sábios e afamados Chora Corpo dormente a travar suas lutas Por entre as terras e lamas sangrentas Ontem falou ao vento pediu redenção A brisa levou as palavras pelos caminhos antigos Por isso vai pelo monte Por entre as pedras e as fontes cristalinas E rabugenta sacode a roupa corroída Pelo tamanho da purga
9.
Ouço o eco das cordas da guitarra Canto o ócio das cordas da garganta da cigarra Agarro-me ao prazer Para te satisfazer Pouco foi o tempo que passou Desde que vi a formiga amiga dá-me um pouco do teu sal Que eu não sei como posso Seguir minha viagem Louco peço às cordas da garganta para que Brotem notas que soltem assobios coloridos Despidos de vaidade Armados em saudade Ousando liberdade Rouco peço ao pica do comboio para que Não me impeça e faça vista grossa ao meu bilhete Assumo não paguei Perdoa-me o desdém Ouço o som do comboio na estaçom Será Campanhã, Trindade? Olha que ainda estás na Trofa O pica não ouviu O teu lindo assobio Armado em saudade Ousando liberdade
10.
Não é preciso conhecer o caminho Quando tocam os sinos É seguir o ouvido Ou perguntar que não magoa ninguém Talvez se chegue a Roma ou a Terras de Bouro -Bridge- Será preciso estar atento ao chão Pôr o pé na terra E terra na mão O sino toca e qualquer coisa sobe O eco cria rasto, rota ou direção -Refrão- Que com certeza Chega a Roma À Ericeira e à Lousã Passando em Roma E na Travessa de S. Brás Mas chega a Roma Só passando em Amarante Chega a Roma Seguramente Não é preciso ter receio nenhum Há que seguir em frente Seguir o instinto Quem tem boca sempre encontra rota Só que não se nota enquanto não se percorre Não é preciso planear o trilho É estar atento ao ouvido Falar com quem aponta Quem tem boca nunca sabe onde vai Resta o som do sino a mostrar o caminho -Bridge- -Refrãox3- Inserir terras, vilas, ruas, cidades à escolha
11.
-Aníbal Zola- Às tantas da madrugada há vozes que não se ouviam Soltam a alma enrugada Pelo passar dos dias Ó noite onde estás tu? Sem ti meus dias fogem Ó noite onde estás tu? Nem sei pensar meus dias -Fado Bicha- Às tantas da madrugada, Suspende-se o fio do tempo Corro nua na geada Num trono de brasas me sento Ó, noite, onde estás tu? Foste em socorro de alguém? Que, como eu, te deva tudo Seja teu filho e refém -Aníbal Zola- Talvez não me queiras mais Será um amor impossível Talvez zeles por mim Resta-me a espuma dos dias Ó noite onde estás tu? Sem ti meus dias fogem Ó noite onde estás tu? Nem sei pensar meus dias -Fado Bicha- Sou um planeta baldio Rebanhos mil sem pastora Na tua ausência, não crio Não há cante nem lavoura Ó, noite, onde estás tu? Grito muda sem saber Ó, noite, onde estás tu? Gemo e choro de prazer Carta de amor à noite -Aníbal Zola e Fado Bicha- Meu coração bate por ti Segues vibrando em meu corpo Meu coração bate por ti Segues vibrando em meu corpo Ó noite onde estás tu? Preciso da tua presença Para encontrar um sentido Sentir minha existência
12.
Passacaglia 02:40

credits

released April 8, 2022

Produced by José Aníbal Beirão and João Moreira
Recorded and mixed by João Moreira at Moreira Studios
Mastered at Saff Mastering by Carl Saff
Art work by Catarina Santos and José Aníbal Beirão
Supported by Sociedade Portuguesa de Autores

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Aníbal Zola Porto, Portugal

Aníbal Zola is the pseudonym for José Aníbal Beirão, musician from Porto, Portugal that tries to blend double bass jazz skills with singer / songwriter sensibility. It´s a project based on double bass and voice. The compositions try to mix South American music with Portuguese musical elements, such as fado or folklore music. ... more

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